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O Estatuto da Terra e nossa Casa Comum


O Estatuto da Terra e nossa Casa Comum.

Roberto Malvezzi (Gogó)

Hoje, quando utilizamos a expressão “terra”, precisamos saber do que estamos falando. Se é “Terra”, com T maiúsculo, estamos falando de nosso planeta, nossa Pachamama, ou como diz Papa Francisco, da nossa Casa Comum. É um nome próprio que designa o planeta que habitamos.

Se falamos em “terra”, com t minúsculo, podemos estar falando dos territórios indígenas, quilombolas, ou de qualquer outra comunidade tradicional que costuma utilizar suas terras de forma comunitária.

INFANTICÍDIO PALESTINO


INFANTICÍDIO PALESTINO

Roberto Malvezzi (Gogó)

 

Quando o Faraó ordenou que as parteiras

matassem os nascituros hebreus (Ex 1,16);

 

Quando Herodes mandou matar

todos os recém-nascidos

em Israel por medo de Jesus (Mat 2,16);

 

Quando o Estado Sionista mata

4 mil crianças palestinas em nome do combate ao terrorismo,

Ele se iguala ao Faraó e a Herodes.

 

Denunciar o infanticídio em Gaza não é antissemitismo

É dizer não ao abominável na história.

INFINITO TALIÃO


INFINITO TALIÃO

Roberto Malvezzi (Gogó)

Ouviste o que foi dito:

“Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé;

Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” (Ex 21, 23-24).

 

Ainda mais:

Se me arrancares um olho, te arranco os dois

Se me arrancares um dente, de arranco a arcada dentária

Te arranquei as terras, as águas, as casas e o futuro

 

Mas, se me arrancares um pelo

Te arranco a pele

Se me ferires

Papa Francisco e o sarcasmo da meritocracia


Papa Francisco e o sarcasmo da meritocracia.

Roberto Malvezzi (Gogó)

O criador do conceito de “meritocracia” foi Michael Young, um pensador de esquerda, ligado ao Partido Trabalhista inglês, quando analisava o sistema de ensino na Inglaterra e se debatia com a ideologia justificante dos privilégios da aristocracia britânica. De fato, ele cria a expressão meritocracia como uma forma de escárnio, de ironia, para desmoralizar a frágil ideologia da classe dominante. Pior, a direita brasileira vai tomar o sarcasmo como se fosse um elogio e passa a espalhar a expressão como se fosse um pilar ético para sustentar seus privilégios.

PRIVATIZAÇÃO DO SANGUE


PRIVATIZAÇÃO DO SANGUE

Primeiro, privatizaram as terras comunais dos povos

Agora privatizam o sol, os ventos e a água

Também a biodiversidade

Agora o sangue humano

Antes tinham privatizado os corpos humanos pela escravidão

Parafraseando Midas e Marx,

Tudo que tocam vira mercadoria

Cuja mercadoria mais vil é o ser humano!

(Gogó)