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100 milhões de árvores do MST


100 milhões de árvores do MST

– um balanço de 2019 –

Roberto Malvezzi (Gogó)

Não temos nossos corpos cobertos pela fuligem das queimadas da Amazônia;

Não temos nossas almas cobertas pela lama de Brumadinho

Não temos nossas mãos sujas de sangue pelos índios, negros e guardiões da floresta assassinados ou pelas crianças mortas por balas certeiras atiradas a esmo pela polícia;

Não somos responsáveis pelos 24 milhões de subempregados e nem pelos 11,9 milhões de desempregados;

Não poluímos as praias paradisíacas do Nordeste com petróleo;

O Deus de Jesus x o deus dos tiranos


O Deus de Jesus x o deus dos tiranos.

Roberto Malvezzi (Gogó)

O Deus de Jesus de Nazaré sempre será um mistério. Não só porque é o Criador de tudo que existe, inclusive cada um de nós, mas porque saiu de sua grandeza para tornar-se um ser humano na barriga de uma jovem periférica, num país periférico, num povo periférico, nas condições mais precárias daquele tempo. Aceitar que Deus saiu de sua grandeza para tornar-se um de nós é mesmo absurdo, portanto, compreendo perfeitamente quem não acredita e até ri de nossa fé. Não é maldade, mas o mistério é mesmo maior que nossa compreensão.

A Emergência do Fenômeno Indígena na América Latina


A emergência do fenômeno indígena na América Latina

Roberto Malvezzi (Gogó)

Há uns dez anos, nos encontros do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), já se falava na emergência do fenômeno indígena na América Latina. O próprio Vaticano já enviava seu observador para essas reuniões, com foco particular nessa questão.

Já naquela época o que parecia novo era a questão Mapuche no Chile, Guarani entre Brasil e Paraguai e Yanomami nas fronteiras de Brasil e Venezuela. Já se constatava que o fenômeno indígena tinha duas alavancas consideradas perigosas por muita gente: a reconquista dos territórios e a retomada de suas culturas, particularmente as teologias índias.

Sínodo para a Amazônia abriu o futuro


Sínodo para a Amazônia abriu o futuro

Roberto Malvezzi (Gogó)

O processo de preparação do Sínodo levou mais de 3 anos em território brasileiro. Foram realizados 16 seminários regionais e mais um Pan-Amazônico. Desse processo, inclusive da consulta sinodal enviada pelo Vaticano, participaram cerca de 87 mil pessoas.

A primeira novidade desse Sínodo foi escutar os povos amazônidas. Portanto, houve uma mudança de interlocutores. Francisco não estava interessado em ouvir apenas autoridades, políticos, especialistas, mas ouvir a voz dos povos da região.

Pacto das Catacumbas pela Casa Comum


Publico aqui esse Pacto, ao qual pude oferecer alguma contribuição, e que firma nosso compromisso com a Casa Comum em tempos tão obscuros. Que todos e todas, cristãos e pessoas de boa vontade, possam aderir aos seus propósitos.

Roberto Malvezzi (Gogó)

Por uma Igreja com rosto amazônico, pobre e servidora, profética e samaritana

Nós, participantes do Sínodo Pan-amazônico, partilhamos a alegria de habitar em meio a numerosos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, migrantes, comunidades na periferia das cidades desse imenso território do Planeta. Com eles temos experimentado a força do Evangelho que atua nos pequenos. O encontro com esses povos nos interpela e nos convida a uma vida mais simples de partilha e gratuidade. Marcados pela escuta dos seus clamores e lágrimas, acolhemos de coração as palavras do Papa Francisco: