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Cidadania rural: chamem Las Casas, Joaquim Nabuco e Ulisses Guimarães


Cidadania rural: chamem Las Casas, Joaquim Nabuco e Ulisses Guimarães.
Roberto Malvezzi (Gogó)

Para fazer a defesa dos índios no atual momento brasileiro é melhor ressuscitar o dominicano Bartolomeu de Las Casas. Para defender os negros é melhor ressuscitar Zumbi e os abolicionistas como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Castro Alves. Para defender os trabalhadores urbanos é melhor ressuscitar Getúlio. Para defender os trabalhadores rurais de Nilson Leitão é melhor chamar Ulisses Guimarães e os constituintes de 1988. Nós, os de hoje, não temos condições morais e nem a habilidade política de fazer frente à onda devastadora da cidadania brasileira.

A HUMILDADE SOCIOAMBIENTAL


A HUMILDADE SOCIOAMBIENTAL
Roberto Malvezzi (Gogó)

Foi a natureza que lhe deu a água que bebe
O ar que você respira
A biodiversidade que lhe sustenta
O clima ameno que lhe permite viver

Foi o operário que fez o ônibus ou o carro que você anda
Foi o agricultor que cultivou o alimento que você come
Foi o padeiro que fez o pão de sua mesa

Foi uma equipe de engenheiros que imaginou o celular que você usa
O avião que você voa
A ponte que você atravessa

Discernimentos para o momento atual


Discernimentos para o momento atual
Roberto Malvezzi (Gogó)

A filosofia nos ensinava que o “bom filósofo sabe distinguir”. Na Teologia o discernimento é um dom do Espírito Santo.

Porém, discernir não é apenas um ato racional como quer a filosofia, mas buscar com reta intenção e reto coração o que é justo e bom.

Então, vamos a alguns discernimentos para o momento atual brasileiro:

O poder dos corruptores


O poder dos corruptores
Roberto Malvezzi (Gogó)

A Odebrecht montou um esquema estruturado de propina. Um delator denunciou que “havia um certo prazer de comprar”. Já não era sequer a velha prática das empresas de comprar agentes públicos conforme seus interesses, mas a satisfação de ver tanta gente “comer na mão”.

A prática existe há trinta anos, segundo Emílio. Ele fala rindo, sabendo que tem nas mãos a cabeça de muita gente. Portanto, outros governos também sucumbiram ao poder dos corruptores.

Denunciar Temer nas missas


Denunciar Temer nas missas
Roberto Malvezzi (Gogó)

Estávamos no auge do Regime Militar. A tortura e as mortes aconteciam sem que a sociedade soubesse. Então, num sábado à noite, D. Paulo Evaristo Arns foi celebrar uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Jardim Paulistano, São Paulo. Ali, numa roda miúda, nos disse que um jornalista tinha sido assassinado nas dependências do Exército. Era Vladimir Herzog. Então, a Arquidiocese de São Paulo tinha lançado uma nota para ser lida em todas as missas dominicais. Era uma denúncia corajosa e franca dos porões da ditadura e da morte de Herzog.