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Brasil escolheu a cultura de morte, não da paz


Brasil escolheu a cultura de morte, não da paz

Roberto Malvezzi (Gogó)

A necrofilia faz parte de nossa história: o massacre de 10 milhões de indígenas, milhões de negros, de pobres em Canudos, Caldeirão, Contestado, Pau-de-Colher, os coronéis do sertão, chegam hoje às gangs e milícias das periferias urbanas brasileiras. Matar é constitutivo de nossa história.

Porém, há novidade. A liberação de armas iria inevitavelmente incrementar a violência na classe média, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos. É literalmente uma cultura de morte. Eu mesmo fiz um texto sobre esse tema (https://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/380587/A-viol%C3%AAncia-vai-crescer-na-classe-m%C3%A9dia.htm).

A QUARESMA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS


A QUARESMA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS

Roberto Malvezzi (Gogó)

Porém, Jesus, dirigindo-se a elas, as preveniu: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; antes, chorai por vós mesmas e por vossos filhos!  (Lucas, 23:28)

Nesse início de Quaresma os cristãos católicos se dedicam de forma especial à conversão a Deus, às pessoas em geral, aos mais fragilizados em especial e ao cuidado com a natureza. Esse tripé – Deus, irmãos e natureza – sustenta a vida e, quem segue por ele, não erra o caminho. O que já é obrigação cotidiana, na Quaresma ganha a força de um kairós, um momento especial da graça de Deus.

Hoje a Venezuela, amanhã toda a Amazônia


Hoje a Venezuela, amanhã toda a Amazônia

Roberto Malvezzi (Gogó)

Algumas pessoas próximas me pediram uma síntese da situação da Venezuela. Com o jogo midiático pesado em cena, ficou difícil compreender os meandros do que realmente se passa.

Primeiro, a realpolitik. Temos que lidar com a política como ela é na realidade. Então, o fato determinante da crise venezuelana é a disposição guerreira dos Estados Unidos de se apossar da maior reserva de petróleo da Terra com cerca de 300 bilhões de barris, que está exatamente na Venezuela. Essa intenção foi dita claramente pelo próprio Trump e está no livro do ex-diretor do FBI Andrew McCabe, lançado recentemente. Quem abordar a questão da Venezuela e se recusar a olhar esse fato fundante, ou é politicamente ingênuo, ou age de má fé.

BRASIL SANGUINÁRIO


Brasil Sanguinário

Roberto Malvezzi (Gogó)

Quando Bolsonaro elogiou a tortura e Brilhante Ustra como herói da pátria, e a dita sociedade democrática ficou em silêncio, acendeu-se o sinal vermelho.

Quando Moro disse que medidas de exceção eram necessárias porque o Brasil vivia um momento excepcional, era o fim da Constituição, da hierarquia jurídica e era a abertura da janela para um regime de exceção.

Quando Guedes diz que a esquerda tem cabeça mole, coração mole e a direita tem a cabeça e coração duros, ele define a essência diferencial entre esses seres humanos.

O Beabá do Sínodo Pan-Amazônico


O Beabá do Sínodo Pan-Amazônico

Roberto Malvezzi (Gogó)

“Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. Esse é o lema do Sínodo Pan-Amazônico que acontecerá em outubro de 2019, em Roma. Sínodo vem do grego e quer dizer “caminhar juntos”.

Então, faço alguns esclarecimentos sobre o Sínodo, já que faço parte como “olho de fora” do núcleo de assessoria da REPAM-Brasil (Rede Eclesial Pan-Amazônica), que colabora de forma decisiva na preparação do Sínodo.