Skip to main content

No Sínodo para a Amazônia


No Sínodo para a Amazônia

– Informações e esclarecimentos pessoais =

Roberto Malvezzi (Gogó)

Vim para o Sínodo para a Amazônia, em Roma. Cheguei aqui, na primeira reunião dos peritos sob a coordenação de Dom Cláudio Hummes, na casa dos jesuítas, sofri um infarto, dizem que o mais grave possível e só fui salvo pelo rápido atendimento. Fui levado a uma emergência do Vaticano e, diagnosticado o infarto, levado rapidamente ao hospital público Espírito Santo. Ali fui atendido, feito o cateterismo, salvo. Depois ainda peguei uma pneumonia, devidamente curada. Fiquei dez dias hospitalizado com todos os recursos de primeiro mundo. E ainda dizem que a saúde para funcionar tem que ser privada!

Nesse período recebi uma rede imensa de solidariedade e orações. Agradeço a todos e todas, a cada um e cada uma. Minha família foi avisada e nessa semana minha mulher e uma de nossas filhas chegaram a Roma. Já saí do hospital e agora estamos arranchados na casa que me hospeda durante o sínodo.

O Sínodo prossegue. Minha participação ficou restrita às orações e a rede de informações dos amigos e participantes. Essa semana fecha-se o ciclo dos debates, vem a síntese dos relatores e depois, na semana que vem, a leitura em plenária com as decisões votadas pelos padres sinodais.

Bom, como diziam os antigos, “vita brevis”, ou como diz Frei Betto, “a morte não manda aviso prévio”. Mas, Deus me quis vivo e, de alguma forma, tudo foi providencial. Muitos me mandaram a mesma linha de raciocínio: imaginou se estivesse nas comunidades do interior da Bahia, do Acre, do Amapá?

Semana que vem espero participar das sessões finais do Sínodo, ouvir a síntese, acompanhar as votações. Tenho a convicção absoluta que esse Sínodo, para o bem da Amazônia, da humanidade, da Terra e até da Igreja inserida, produzirá suas flores e seus frutos.

Laudato Si’.